26 de out. de 2006

Trânsito I

Jovem e morando um tempo nos EUA, tive uma experiência de batida de trânsito que me ficou para sempre como exemplo da simplicidade rotineira com que a justiça pode funcionar :

Meia noite e eu retornava do trabalho atravessando uma pequena cidade encravada no meio de Long Beach, na Califórnia. Chama-se Signal Hill, nada além de algumas quadras de terrenos vazios com um monte de bombas extraindo petróleo. No cruzamento de duas vias de media velocidade um Mustang avança o sinal vermelho e bate logo atrás do meu assento (se não, já era). O carro, um Impala rodopiou até parar ( só serviu para vender para um ferro velho pelo preço da bateria ).

Em menos de cinco minutos aparece um carro da polícia.

No Mustang havia dois casais, os homens na frente e as mulheres atrás. Um policial questiona os dois homens do ocorrido, ambos afirmam que eu passei no sinal vermelho. O outro policial questionava as duas mulheres afastado alguns metros : “Não sei o que houve com o fulano, vínhamos de um bar e ele atravessou o sinal vermelho”. Não foi necessário aprofundar para a velocidade com que vinha - uns 120 km/h, excesso – que o estrago total de meu carro mostrava, ou possível estado etílico. Simplesmente multaram, no ato, o motorista do Mustang por avanço de sinal.

Aquela aplicação da multa no momento ‘quente’ do ocorrido fez instantaneamente a justiça, o Boletim de Ocorrência e o pagamento das despesas pelo seguro da parte culpada.

Sem ocupar qualquer mecanismo judicial.

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