30 de nov. de 2006

brasil

Lan

Dias atrás precisei sair com o carro neste Rio de Janeiro. Ninguém merece morar em grandes cidades brasileiras.
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Manual de sobrevivência para machos latinos II

Das gajas boas

Machos amigos, acautelai-vos porque as Gajas Boas andam aí! As fêmeas apresentam-se de duas formas: as gajas boas e as gajas. As gajas boas são aquelas que nos agradam aos olhos logo num primeiro contacto, sem ser preciso procurar pontos de interesse. São aquelas que têm glândulas mamárias de dimensão generosa – ou pelo menos as que cabem na perfeição na mão de cada macho -, duas nádegas bem feitas, pernas bonitas e um frontispício bonito também. Já as gajas, são apenas as gajas. Se não são gajas boas são só gajas. Aquelas que na rua não nos fazem virar a cabeça e não motivam assobios nem olhares libidinosos.
No entanto, amigos machos, a melhor fêmea para uma vida em conjunto é a gaja. Pura e simples. A gaja boa não é boa fêmea para esse efeito. Se estais adormecidos, explico-vos porquê.
A gaja boa sabe que é boa. Sabe porque nós lhe damos indicações nesse sentido, sabe porque tem espelhos em casa e porque as outras gajas lho mostram com as suas invejas bem femininas.
As gajas boas sabem que são boas e jogam com isso. Não precisam esforçar-se para conquistar, os homens estão sempre disponíveis a um estalar de dedos. É possível que os homens que lhes aparecem não sejam sempre os que desejam, mas a oferta será sempre grande, ainda que necessite de um criterioso processo de selecção já que, lamentavelmente, nem todos os machos são bons machos.
As gajas boas deslizam pelas ruas espalhando glamour por tudo quanto é lado. Mexem-se de outra forma, vestem de outra forma, falam de outra forma. As gajas, puras e simples, as que a natureza não dotou de atractivos imediatos, têm um trabalho acrescido: o de mostrar aos machos que são atraentes, à sua maneira. E porque não andam cheias de machos à sua volta, sabem que o macho que têm foi conquistado com esforço. E dedicam-se a esse macho.
Mas as gajas boas podem saltitar de macho em macho. Não precisam esforçar-se muito para ter um parceiro, basta estalar os dedos. E para o macho que tem uma gaja boa todos os dias há perigos novos. Há novos machos a competir pela companhia dessa gaja boa. Nunca há segurança com uma fêmea. Mas com uma fêmea que é gaja boa, essa segurança é ainda menor. Para segurança acrescida – pese embora nunca garantida, não o esqueceis – escolham sempre as gajas, puras e simples. Deixem as gajas boas no domínio das vossas fantasias e procurem viver com uma gaja do mais normal que há. Far-vos-á muito mais felizes, se a tratarem bem, i.e., se a fizerem feliz também, com o interesse acrescido de, por não serem óbvias, terem atractivos escondidos que só vocês conhecem.

Tom Jobim









Viver no exterior é bom mas é uma merda,
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Viver no Brasil é uma merda mas é bom.
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Desenhos : O Rio de Jano

Supercordas - Ruradélica

28 de nov. de 2006

Simples

Passeio de barco em Parati. A baleeira alugada era das que saía da praia do Pontal, não do cais principal.

O barqueiro ficou à vontade e participante durante todo o passeio, como entre amigos.

Falante, só adjetivava tudo assim :

“Fora de série” para BOM
e
“Fora do sério” para RUIM



50s

Para quem gosta de desenhos e ilustrações dos anos cinquenta, vale uma visita ao The Museum of mid-century illustration
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Robert Altman (1925-2006)

Cinema a cinquenta metros de casa é bom.
"A última noite", agora à tarde.
Uma comovente delícia o filme de despedida de Robert Altman. A Prairie Home Companion é sobre o último programa de auditório de uma rádio no meio-oeste americano, vendida para demolição. Uma doçura de filme.


AQUI a filmografia do diretor de M*A*S*H, Voar É Com Os Pássaros, Quando Os Homens São Homens e tantos outros bons filmes.

24 de nov. de 2006

A vida em quadrinhos

Carro chinês "Liebau", fabricado pela Chang Feng, apresentado no Shangai Auto Show.

23 de nov. de 2006

Mergulho


Segundo lugar no "Digital Camera Photographer of the year 2006", categoria Animais & Natureza (Angela Davidson).


Só aqui


Tempos atrás conversava com um amigo sobre algumas exclusividades do nosso país :

- Uísque “Chivas Regal” – Nos anos 80 ( ou 70 ? ) lançaram a marca. Não pegou, apesar de ser um ótimo 'blended', mas continuam produzindo até hoje porque em um único país teve (tem tido) grande aceitação : o Brasil.

- Espiritismo – Parece que nem em Lyon, onde nasceu Allan Kardec, conhecem o espiritismo. Mas é uma religião das mais importantes no Brasil. Aliás – penso eu – uma das melhores no quesito custo-benefício.

- Orkut – Os todo-poderosos do Google o criaram acreditando num sucesso planetário, mas só colou mesmo no Brasil, onde tem até zilhões de jovens que acham que a internet é o Orkut.

- A aviação civil administrada-controlada pelos militares e não pelo ministério dos transportes.
Uma vez ouvi que acontecia em dois países : Brasil e Uganda.
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Zumbi dos Palmares

A Sociedade Floresta Aurora é o principal marco da comunidade negra de Porto Alegre.
O clube existe desde 1872 - antes da abolição da escravatura.

Um de seus membros foi João Cândido Felisberto, o “Almirante Negro” da música de João Bosco e Aldir Blanc, que em 1910 viria a ser líder da Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, um dos fatos mais importantes da história brasileira.

Na foto vemos Brizola e D. Neuza visitando o Clube como deputado ou governador, na década de 50.

Por esta e por muitas outras – para mim – desde sempre foi o único político de digna e real estatura aqui no país dos Sarneys, dos FHC lesas-pátrias, dos Lulas.

Já ouvi dizer que o Almirante João Cândido Felisberto morreu em 1969, vendendo peixe na feira noturna da Praça 15, tendo como única renda fixa uma pensão que o mesmo Brizola lhe concedeu quando governador do Rio Grande do Sul.

Ah, Brizola, que Deus o tenha.

1 de nov. de 2006

Esperanto

Esperanto é a mais falada das línguas planificadas, criada pelo oftalmologista e filólogo Ludwik Lejzer Zamenhof, que publicou a versão inicial do idioma em 1887. A sua intenção era criar uma língua de muito fácil aprendizagem, que servisse como língua franca, internacional, para toda a população mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes).

Traduzindo :

Esperanto estas la plej multe parolata internacia planlingvo. Ĝia nomo venas de Doktoro Esperanto, la plumnomo per kiu L. L. Zamenhof publikigis la bazon de la lingvo en 1887. La intenco de Zamenhof estis krei facile lerneblan, neŭtralan lingvon por la internacia komunikado, kiu tamen ne malaperigu la jam ekzistantajn lingvojn.

Fernando Pessoa


“Há grandes lapsos de memória,

Grandes paralelas perdidas,

E muita lenda e muita história,

E muitas vidas, muitas vidas.”


Mário Quintana


Da Realidade

O sumo bem só no ideal perdura...

Ah! Quanta vez a vida nos revela

Que “a saudade da amada criatura”

É bem melhor do que a presença dela ...