9 de jun. de 2007

Piada



Às vezes sentia não haver guardado uma boa, mas hoje ela retornou, antiguinha mas sempre ótima :
"REMORSO DE GAÚCHO"
Um gaúcho entra na policia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:
- Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
- Meu senhor, as leis aqui são muito severas e são cumpridas e se o senhor é mesmo culpado não haverá apelação nem dor de consciência que o livre da cadeia.
- Atropelei um argentino na estrada BR-472, perto de Itaqui.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no acostamento.
- Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse o senhor seria outro qualquer.
Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele homem, sou um crápula!
Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação, repudio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.
Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.
- O senhor é um grande humanista, enterrar um argentino, é um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!
- Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito !
Só trocaria 'argentino' por 'portenho'. Convivi bastante com gentes do interior, todos gente fina. Mas morro de medo quando em Buenos Aires ou com um portenho à volta em qualquer lugar. Aliás, queria muito algum dia descobrir de onde tiram aquela segurança que têm, ao contrário de nosotros macaquitos. Já reparei até crianças de 10 anos com aquela soberba ! Imagino que tenha algo a ver com a história de Buenos Aires - um mega-porto de contrabando louco e livre desde o século 17.
Na guerra do Paraguai, aquela coisa escrota capitaneada pelo Império, os caras aproveitando prá superfaturar geral encima das vendas ao brioso exército brasileyro, sem mandar quase nenhum soldado.
Também me ocorre o nível de crueldade da ditadura que tiveram, essa coisa de enfiar facão em barriga de mulher grávida. Nem o Idi Amin Dada.

Mas nos dão de dez em cinema.

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