
Depositário, reproduteca e achismos de uma consciência atordoada, eventuais espasmos de entusiasmo.
10 de dez. de 2006
4 de dez. de 2006
Ciber-ativismo


Esta é boa : nos dias anteriores às eleições legislativas do Reino de Bahrein dia 25 de novembro passado, os ciber-ativistas locais descobriram que através das fotos de satélite do Google Earth ( e Google Maps ) poderiam ter uma visão detalhada das propriedades, ilhas, marinas, campos de golfe, palácios, iates pertencentes à família real. O governo bloqueou os aplicativos do Google e uns 25 sites que reproduziram as imagens, mas liberou após três dias cedendo a pressões.
A oposição diz que a família real é dona de 80% das propriedades do país ( 30 ilhas e ilhotas, 692km² ). A população enfrenta graves problemas de habitação e emprego.
Nos dias seguintes às notícias, disparou a popularidade dos sites e dos mapas do Google.
Notícia Financial Times
Uma notícia original em html e todos os detalhes em pdf aqui
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2 de dez. de 2006
Desenhos - Wilson Junior, "Juninho"
Chama a atenção não só a beleza sofisticada como a adequação perfeita do espírito de cada capa com o sentimento e a característica das músicas de cada álbum.
O Juninho vai longe ! ( juninho343@hotmail.com )






Lei Maria da Penha
Nestes tempos tem havido debate sobre o tema da violência contra a mulher. A cada notícia observo que há uma palavra que parece interdita – COVARDIA.
Governos gastam fábulas em propagandas educacionais. Mas noto sempre que evitam o que realmente poderia mudar comportamentos.
Como algo curto e grosso, assim : BATER EM MULHER É COISA DE COVARDE !
Poderia ter o efeito das ‘ações afirmativas’ : em alguns anos o cacife dos tais ‘fodões’ poderia tornar-se algo a esconder - eficazes resultados.
Não haveria porque não lembrar aos trogloditas - com as corretas considerações aos motivos porque assim o são, mas não deixando de contar com o efeito do meio-formador - que mulheres são as nossas mães, as nossas filhas, as nossas irmãs, elas são as grandes escolhidas para que a gente exista, pô !
Cada vez mais acho que tem muito de INVEJA nisso – machos, já pensaram em nascer fêmea, com a capacidade de germinar um ser igual, ponto ( ponto do tipo infinito-reflexivo ) ?
Você, macho, já refletiu acerca deste seu poder de haver nascido com uma capacidade macha VITAL para que tudo aconteça, maaaas de um modo aleatório, não-identificado, sem caráter, fugaz ? Pois reflita e tranqüilize-se de seu papel ( quem sabe um papel comportamental, não-hormonal ) Ou será mesmo que a dificuldade em alcançar tal tranqüilidade é a própria razão de ser do machismo ?
Tudo isto pode ser por causa das tais culturas-tradições, fundamentais – para o bem e para o mal.
Durma-se com um barulho destes !
(também não deixo de analisar que esta minha situação de separado e meio encalhado não tenha a ver com não estar entendendo nada disso ).
Musas II

30 de nov. de 2006
brasil
Dias atrás precisei sair com o carro neste Rio de Janeiro. Ninguém merece morar em grandes cidades brasileiras.
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Manual de sobrevivência para machos latinos II

Tom Jobim


28 de nov. de 2006
Simples
50s

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Robert Altman (1925-2006)

"A última noite", agora à tarde.
Uma comovente delícia o filme de despedida de Robert Altman. A Prairie Home Companion é sobre o último programa de auditório de uma rádio no meio-oeste americano, vendida para demolição. Uma doçura de filme.

24 de nov. de 2006
A vida em quadrinhos

23 de nov. de 2006
Mergulho

Segundo lugar no "Digital Camera Photographer of the year 2006", categoria Animais & Natureza (Angela Davidson).
Só aqui

Tempos atrás conversava com um amigo sobre algumas exclusividades do nosso país :
- Uísque “Chivas Regal” – Nos anos 80 ( ou 70 ? ) lançaram a marca. Não pegou, apesar de ser um ótimo 'blended', mas continuam produzindo até hoje porque em um único país teve (tem tido) grande aceitação : o Brasil.
- Espiritismo – Parece que nem em Lyon, onde nasceu Allan Kardec, conhecem o espiritismo. Mas é uma religião das mais importantes no Brasil. Aliás – penso eu – uma das melhores no quesito custo-benefício.
- Orkut – Os todo-poderosos do Google o criaram acreditando num sucesso planetário, mas só colou mesmo no Brasil, onde tem até zilhões de jovens que acham que a internet é o Orkut.
- A aviação civil administrada-controlada pelos militares e não pelo ministério dos transportes.
Uma vez ouvi que acontecia em dois países : Brasil e Uganda.
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Zumbi dos Palmares
O clube existe desde 1872 - antes da abolição da escravatura.
Um de seus membros foi João Cândido Felisberto, o “Almirante Negro” da música de João Bosco e Aldir Blanc, que em 1910 viria a ser líder da Revolta da Chibata no Rio de Janeiro, um dos fatos mais importantes da história brasileira.
Na foto vemos Brizola e D. Neuza visitando o Clube como deputado ou governador, na década de 50.
Por esta e por muitas outras – para mim – desde sempre foi o único político de digna e real estatura aqui no país dos Sarneys, dos FHC lesas-pátrias, dos Lulas.
Já ouvi dizer que o Almirante João Cândido Felisberto morreu em 1969, vendendo peixe na feira noturna da Praça 15, tendo como única renda fixa uma pensão que o mesmo Brizola lhe concedeu quando governador do Rio Grande do Sul.
Ah, Brizola, que Deus o tenha.
1 de nov. de 2006
Esperanto

Traduzindo :
Fernando Pessoa
Mário Quintana
31 de out. de 2006
Love letters

Seis de março de 2001
Se escrevesse mesmo estas coisas para ela, acho que começaria falando do óbvio, de como estas situações são complexas e sensíveis, de quanto as coisas mais simples têm a capacidade de se revestir em filigranas embaralhadas, das dificuldades intrincadas dos encontros, da tendência fluida e natural aos desencontros.
Em algum momento teria que louvar a vida, trágica e bela. Inimaginável pensá-la diferente... de exatamente como ela é !
Estaria acontecendo uma sedução.
Provavelmente a sedução mais light, mais sutil que já teria recebido.
Falaria que cada vez que escreve alguma coisa ou aparece, minha cabeça enlouquece. Que neste turbilhão passaram impressões de só aparecer acompanhada de alguém (wrong). De que os sentimentos estavam sutilmente lançados e só caberia esperar reações.
Mas o desafio é também tentar imaginar o que possa rolar na cabeça dos outros, que a magia das mentes demanda considerar os diferentes entendimentos, as diferenças.
Então diria que julguei que deveria explicitá-los.
{ Ah, como – em minha cabeça - combina escrever coisas assim para ela - ouvindo árias... }
Explicitá-los
... pois já imaginou descobrir daqui a 15 anos que havia o clima, mas ela não entendeu ? ! ?
Realmente não saberia dizer - ainda que tenha manifestado mil vezes - se notou que sempre foi objeto da minha adoração ? Desde sempre quando descobri que existia.
[ nesta altura caberia interessante falar-lhe de para quantas pessoas na vida comentei que tem uma presença que não é só beleza - ora, a beleza - que, quando ela chegava, não importa quantas pessoas havia, fazia-se um silêncio muito estranho. Que sempre me fascinou e que sempre juraria que não estava acontecendo só dentro da minha cabeça].
Se escrevesse estas coisas para ela, assim num imeiu, como ela as leria ? Oui, non merci ? Ou o quê ?
Não sei.
Mas haveria a tranquilidade de conhecer seu equilíbrio, sua delicadeza, sua honestidade, sua sensibilidade. Ou não ?
Porque entendo que é uma pessoa, uma mulher, que de qualquer modo - na vida da gente - terá sido um privilégio ter conhecido.
Não sei.
Acho que vou escrever umas coisas destas para ela...Tribunal Judicial da Comarca de Cascais

TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE CASCAIS
Excelentíssimos Senhores.
Em resposta ao pedido de informações adicionais informo:
No quesito nº 3 da participação no sinistro, mencionei a expressão :
"Tentando fazer o trabalho sozinho" como causa de meu acidente. Disseram na vossa carta que deveria dar uma explicação mais pormenorizada, pelo qual espero que os detalhes abaixo sejam suficientes :
Sou assentador de tijolos. No dia do acidente estava a trabalhar sozinho no telhado de um edifício novo, de 6 (seis) andares. Quando acabei o meu trabalho, verifiquei que tinham sobrado 250 quilos de tijolos. Em vez de os levar para baixo à mão, decidi colocá-los dentro de um barril com a ajuda de uma roldana, a qual felizmente já estava fixada num dos lados do edifício, no 6º andar.
Desci e atei o barril com uma corda, fui para o telhado, puxei o barril para cima e coloquei os tijolos dentro. Voltei para baixo, desatei a corda e segurei-a com força de modo que os 250 quilos de tijolos
Continuei a subir a uma velocidade ligeiramente menor, não tendo parado até os nós dos dedos das mãos estarem entalados na roldana. Felizmente que já tinha recuperado a minha presença de espírito e consegui, apesar das dores, agarrar a corda. Mais ou menos ao mesmo tempo, o barril com os tijolos caiu no chão e o fundo partiu-se. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 quilos (refiro-me novamente ao meu peso indicado no quesito nº 11). Como podem imaginar, comecei a descer rapidamente. Próximo ao 3º andar encontro o barril que vinha a subir. Isto justifica a natureza dos tornozelos partidos e das lacerações das pernas, bem como da parte inferior do corpo. O encontro com o barril diminuiu a minha descida o suficiente que minimizou os meus sofrimentos quando caí em cima dos tijolos e, felizmente, só fraturei 3 vértebras.
Lamento, no entanto, informar que enquanto me encontrava caído em cima dos tijolos, com dores e incapacitado de me levantar, e vendo o barril acima de mim, perdi novamente a presença de espírito e larguei a corda. O barril pesava mais que a corda e então desceu e caiu em cima de mim partindo-me as duas pernas.
Espero ter prestado as informações solicitadas do modo como ocorreu o acidente.
30 de out. de 2006
Êxtase II

Cedo de manhã saí a navegar pela baía de Parati, sozinho num bote inflável com motor de popa de 15 HP, pouco porém suficiente para “voar” bastante rápido. Passada a Ilha do Araújo, começo a ouvir alguns ruídos agudos que me põem em estado de atenção – afinal, os veículos que voam ou navegam demandam mais observação do que os que simplesmente rodam, e a liturgia de segurança tende a ser menos banalizada pelas conseqüências que os problemas podem gerar. Em tese, porque a realidade dos automóveis está aí, matando gente como mosca, não sei quantos Vietnams por ano, por razões que vão desde escola fraca que forma pessoas sem a mínima noção de inércia até a crise com vinte e cinco aninhos de idade, que joga nas estradas geringonças que há décadas deveriam estar descansando nos ferros-velho.
Apuro o ouvido para identificar aqueles ‘ganidos’ quando me dou conta de que havia acabado de penetrar bem no centro de um grande grupo de golfinhos que nadava com seus pulos cantados. Se dizem que se comunicam, talvez o assunto fosse a minha intrusão. Mas não pareceu me darem atenção.
Situação de pensar rápido (se conseguir), o que me sucedeu foi primeiro parar o motor pensando na ameaça da hélice aos animais. Tal ação substitui o barulho do motor por barulho de espuma da posição de ‘freada’ do barco – de proa/frente levantada para abaixada, uma onda gerada pela hélice do barco passando por baixo, se deslocando para a frente. A seguir, silêncio apenas quebrado pelos assovios dos golfinhos e já podia entender melhor o cenário em que me encontrava.
Alguns minutos de estupefação entre o encanto de me encontrar ali, sozinho, entre aqueles grandes, simpáticos e emocionantes seres, com vestígios de susto por estar bem no meio de tantos e tão grandes espécimes.
Logo me ultrapassaram mantendo o mesmo ritmo de seus passeios líricos.
28 de out. de 2006
Festa errada

Londres, anos setenta.
Um brasileiro que trabalhava como garçom num pot (restaurante barato) em Knightsbridge com a minha companheira chamou-nos para uma ‘festa’ no apartamento de um amigo inglês.
Era num squatter, um apartamento tomado em um edifício abandonado – naquele tempo pré-thatcher havia destas coisas. Em frente, na rua, havia morado a Elizabeth Taylor.
Na verdade a festa era completa : o morador, inglês gente finíssima, nós dois, o amigo brasileiro e um amigo do inglês, escocês que falava o fim das palavras como em alemão : o ch final do uísque “Glenfiddich” soava como gato assustado. Sentados em almofadas no tapete da sala a conversa fluiu aprazível e universal – anos setenta. Mais um casal bonito chegou.
Pelas tantas, o dono da festa anunciou que serviria uma sangria ‘lisérgica’. Ah, tripiar, ótimo !
A noite fluiu – muito por acaso - como que em estado de graça.
Madrugada, o casal último a chegar despediu-se com abraços envolventes e ardorosos.
Continuamos a conversar ternamente até o dia começar a clarear, quando nos despedimos todos.
O dono da casa - ao se despedir – pergunta de quem de nós o casal era convidado.
Are you lonesome tonight ?

27 de out. de 2006
Bilac

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
- Mais abaixo, meu bem! - num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
- Mais abaixo, meu bem! - disse ela, louca,
Êxtase I

Mais em casa só se estivesse na Terra de Vera Cruz.
26 de out. de 2006
TVE Brasil

Que me acompanhe o distinto leitor na especulação pertinente :
( __) a – O Paulo Leminski é mesmo o maior poeta brasileiro de todos os tempos.
( __) b – Ninguém lembra de retirar a homenagem.
( __) c – Foi um projeto de homenagear a muitos, mas algum governo mudou e foi engavetado após a produção da primeira inserção. Aí alguém esbarrou no botão replay.
(__ ) d – O poeta é parente de alguém importante na emissora pública.Trânsito I

Meia noite e eu retornava do trabalho atravessando uma pequena cidade encravada no meio de Long Beach, na Califórnia. Chama-se Signal Hill, nada além de algumas quadras de terrenos vazios com um monte de bombas extraindo petróleo. No cruzamento de duas vias de media velocidade um Mustang avança o sinal vermelho e bate logo atrás do meu assento (se não, já era). O carro, um Impala rodopiou até parar ( só serviu para vender para um ferro velho pelo preço da bateria ).
Em menos de cinco minutos aparece um carro da polícia.
No Mustang havia dois casais, os homens na frente e as mulheres atrás. Um policial questiona os dois homens do ocorrido, ambos afirmam que eu passei no sinal vermelho. O outro policial questionava as duas mulheres afastado alguns metros : “Não sei o que houve com o fulano, vínhamos de um bar e ele atravessou o sinal vermelho”. Não foi necessário aprofundar para a velocidade com que vinha - uns 120 km/h, excesso – que o estrago total de meu carro mostrava, ou possível estado etílico. Simplesmente multaram, no ato, o motorista do Mustang por avanço de sinal.
Aquela aplicação da multa no momento ‘quente’ do ocorrido fez instantaneamente a justiça, o Boletim de Ocorrência e o pagamento das despesas pelo seguro da parte culpada.
24 de out. de 2006
Manual de sobrevivência para machos latinos I

Das fêmeas roliças
É verdade que a mente do macho se orienta pela imagem. Uma fêmea bem arranjada, com roupa adequada ou totalmente desprovida de texteis, com aquele peso ideal, de silhueta magistralmente esculpida, é sempre bem recebida pelos nossos olhos. Olhamos para ela com desejo e fantasiando desde logo as várias maneiras de a conduzir ao local mais próximo onde podemos deleitar-nos com os quentes e húmidos que nos oferecem. E porque a imagem é o nosso domínio de perdição, as mulheres gordas têm uma tarefa muito mais complicada para nos seduzir. Não fosse a saúde razão suficiente para perderem peso, quanto mais não fosse para conquistar lugar à sombra do estômago dilatado de um típico macho lusitano, as fêmeas gordas procurariam sempre formas de melhor se apresentarem aos nossos olhos. Com roupa redutora, com exercícios, dietas pouco sensatas.
O macho atento deve ser capaz de valorizar uma fêmea roliça, não permitindo que por existirem quilos a mais a sua atenção se desvie, ou demonstre repugnância pela flacidez e abundantes camadas adiposas. Se o macho, por alguma razão, se apaixonar por uma fêmea gorda, saberá porque razão não devem ser desprezadas. Se nunca aconteceu, e se um macho continua a perseguir apenas a imagem elegante da fêmea magra, pense nisto por um instante: quando se ultrapassa a distância socialmente correcta, quando a imagem de um imenso corpo nú desaparece e dá lugar a um palmo de cara, depois de parte da essência masculina se esconder engolida por entre coxas amigas, olhando a fêmea olhos nos olhos, tudo muda.
Ao macho desatento aviso, então, que o que torna uma vagina nossa amiga não é a qualidade visual do invólucro, é a mente e a vontade com que se entrega. E a qualidade visual, já se sabe, é uma função pouco monótona.
Em : http://blog.geographus.com/
Tempos Modernos
Rudyard Kipling, 1865 – 1936
Mário Quintana
20 de out. de 2006
Camões

O vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer "
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos, uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão. Compravas um computador, consultavas a internet e descobririas que essas dores que sentias, esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas, esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor, mas somente falta de sexo!"
Ganhou nota dez. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era falta de mulher...
Folclores
Alopécia
